quinta-feira, março 28, 2024

História da Freguesia de São Vicente e Ventosa

             A Associação de Caçadores da Freguesia de S. Vicente e Ventosa, situa-se na Freguesia de S. Vicente e Ventosa, por essa razão se transcreve o que está escrito em Elvas e os Seus Monumentos documento elaborado pela Câmara Municipal de Elvas.

 

             Povo de S. Vicente, se chama a Aldeia desta Freguesia.

Segundo a Monarquia Lusitana (Brandão), em setembro de 1228 celebrou o Infante D. Afonso, irmão de D. Diniz, um contrato com a ordem de Aviz, sobre certos bens que, ele, infante possuía em S. Vicente de Elvas.

 

             V. de Almada – In Apontamentos para a crónica da cidade de Elvas, escreve:

“Recorrendo a uma memória tomada da tradição popular, encontramos que o primeiro Bispo de Elvas, D. António Mendes de Carvalho, sendo muito devoto do padroeiro lisbonense, fundou a Igreja paroquial de S. Vicente de Fora; e o povo da cidade querendo tornar-se agradável ao seu prelado, fundou na cidade essa ermida de S. Vicente, que é a mais antiga do que a fazem as tradições elvenses”.

“Mas também pode muito bem ser que os bens do Infante D. Afonso fossem algumas das Herdades situadas ao redor dessa pequena Aldeia de S. Vicente”.

 

             Na cerca Fernandina, e no largo de S. Vicente (hoje dos Combatentes) existia a porta dos Banhos (de S. Vicente, na atual fortificação).

             Denominou-se dos Banhos naturalmente por ela se seguir caminho para a Aldeias dos Banhos, um pouco alem da atual Aldeia de S. Vicente.

             A. Tomas Pires, em “Excertos de Toponímia Rural”, assevera que a Aldeia dos Banhos é como primitivamente se designava a povoação hoje conhecida pelos nomes de Povo de S. Vicente, de S. Vicente de Fora e de S. Vicente Mártir. Segundo Aires Varela (Teatro das antiguidades de Elvas); tomava o nome de una de banhos da herdade de que se conserva as ruínas, nas fontes da Correntina, que foram de Moros. E é certo que o ribeiro de Água de Banhos atravessa a freguesia de S. Vicente e Ventosa. Quanto às ruínas é mais natural que sejam romanas.

 

             Freguesias Anexas

             Ventosa ou Aventosa. Freguesia anexa à de S. Vicente, pela circunscrição paroquial elaborada em 1859. É constituída apenas por herdades e fazendas. A Igreja paroquial, de Nossa Senhora da Aventosa, provém-lhe o nome da herdade em que se encontra construída. Aparece esta herdade citada em concilio 1556. Os registos paroquiais mais antigos referem-se a 1676.

             Sobre o significado de Aventosa explica V. De Almeida “Os lavradores e caseiros destes arredores, quando se referiam às diversas herdades, costumavam suprimir a palavra herdade, e assim dizem; A do Mestre, A do Brito, A Ventosa, etc. E aqui provavelmente proveio dizer-se Aventosa, em vez de Ventosa”.

 

             Lentisca ou Alentisca. Santa Catarina de Alentisca. Antiga freguesia do concelho de Elvas, algum tempo designada também pelo título de Nossa Senhora da Alentisca: Confinava com as freguesias de Santa Eulália, a Poente, e da Venosa ao Meridiano.

             A Freguesia foi suprimida em 1760, repartindo-se a área pelas freguesias de S. Eulália e de Ventosa. As primeiras noticias desta paróquia datam de 1608, mas já era citada em documentos de 1459.

             Finalmente a Freguesia da Alentisca (de que existem no arquivo paroquial do antigo Bispado de Elvas, anexo á biblioteca Municipal, os registos de baptismos e casamentos e óbitos os anos de 1671 a 1764), dividem-se em Alentisca do Torrão (de cima e de Baixo), freguesia de S. Vicente, à direita da ribeira do Torrão e Alentisca do Caia, freguesia de S. Eulália.

             Tomaz Pires é a opinião que o primitivo nome seria de herdade da Lentisco ou de Lentisca, pelo processo popular de se antepor o “A” ao vocábulo. Lentisca, Aroeira ou Almecegueira é um arbusto da família das oleacenas, muito frequente nos matos, charnecas e sebes de Trás os Montes ao Alentejo.

            

Lentisca ou Lentisqueira, é uma variedade de oliveiras, também chamada durázia.